terça-feira, 4 de setembro de 2012

E se...?

Seguindo a linha de pensamento do meu último post, continuo a afirmar que é bom (neste caso é mau) saber que há coisas que nunca mudam.

O Porto é um clube terreno. Pinto da Costa não é uma entidade divina e, os jogadores, estão longe de ter carácter de Santos.

Admito que tive de conter a fúria da venda de Hulk  durante 2 dias para não vir escrever asneiras para aqui. Depois de racionalizar mais um pouco, cheguei à seguinte conclusão:

O FCPorto cometeu mais um erro crasso. A venda de Hulk foi boa. Tanto pelo valor pago (60M que renderam 40M ao clube) como pela necessidade de cumprir com o jogador promessas antigas. Hulk sempre foi um excelente profissional e ajudou o clube a valorizar a sua clausula aumentando o retorno financeiro (da mesma forma que Falcao fez o ano passado).

Porém, o que eu não consigo aceitar, é que a SAD venda um jogador depois do fecho do mercado. Em que cabeça isso é concebível? Perder o jogador mais importante da equipa (desde Deco que ninguém era tão influente) num ano de Liga dos Campeões sem arranjar substituto é de uma insanidade inqualificável.

Errar todos erram mas, conforme se viu o ano passado, este distúrbio de gestão é quase que uma repetição da época transacta. De facto, os burros continuam ao leme do navio. Em 2011, quando Libras Boas e Falcao saíram em cima do fecho do mercado, todos pensaram que o clube tinha sido apanhado de surpresa. Situação desculpável se fosse um caso isolado.

A venda de Hulk, na forma como ocorreu, demonstra que o caso Falcao - Libras Boas não foi um percalço mas sim uma tendência para a incompetência...

A não ser que....

A não ser que Iturbe seja realmente bom!

O caso Iturbe é igualmente uma daquelas situações que ninguém entende. Uma destas cenas de ficção irritantes que ninguém percebe. Um jogador rotulado de craque, muito jovem mas imensamente talentoso, nem joga, nem é convocado, nem é emprestado nem sequer é utilizado na equipa B.

O mais intrigante é que, este ano, "Iturbo" fez 2 jogos e marcou dois golões. Após isso, BANCADA, BANCADA E BANCADA.

E, quando os adeptos procuram explicações, deparamo-nos com a cara expressão impotente do ignorante VP. Do lado da SAD, uma pronuncia do Norte.. upss.. Um pronúncio de MORTE... Upss. UM SILÊNCIO DE MORTE!!!!

E se... Iturbe for mesmo bom? E se Iturbe tenha sido poupado este início de época para que Hulk seja vendido tranquilamente, dando esperanças ao do Sul, surgindo de repente em campo ultrapassando até as expectativas mais optimistas?

Então e se isso for verdade?

Então a SAD será a melhor do mundo. Pinto da Costa um Deus vivo e, VP, um treinador em ascensão criado e moldado por Jorge Nuno.

Porém... E se Iturbe for um Flop? Ou, se não for um flop, que seja um jogador com talento mas longe de ser transcendente da forma que Hulk era?

É que, com um louco como VP a decidir o rumo da equipa, valeu-nos Hulk, o ano passado, para conseguirmos ser campeões. Esta época foi tão atípica e estranha que, para mim, a vitória na mesma é um dos maiores feitos na história do desporto mundial.

E se, por causa disso, o Porto fique aquém da expectativas? Aborrecendo os adeptos com futebol do pior que alguma vez se viu como em 2011-2012? E se perdermos a liga porque ficamos com um buraco tão grande no ataque por preencher?

Pois se assim for, vai cão casota e até o dono.

Resume-se tudo a Iturbe porque, sejamos francos, Atsu não passa de um corredor de fundo e, Varela, de um jogador acomodado que já não consegue desiquilibrar. E também, como opção a Martinez, um jogador que não sabemos quem é nem o que vale, temos Kléber. Uma autentica nulidade resultante de uma das maiores palhaçadas de transferências que alguma vez vi em Portugal.

Querem proteger o menino? Pois ao colocá-lo na posição de Hulk, arriscam-se a ter uma forte desilusão. Não o metem? Arriscam-se a ter um talento (supostamente) a sair  em breve sem ter tido a hipótese de se provar na equipa (Djalma, este cepo, jogou mais, muito mais!).

De qualquer das formas, a única hipótese da SAD e Pinto da Costa saírem de cara lavada deste negócio Hulk, é Iturbe corresponder às imensas expectativas. Caso contrário, e se não for campeão, augura-se ventos de mudança profundos no FCP.

É que a linha Pinto da Costa, O MELHOR DIRIGENTE DESPORTIVO DA HISTÓRIA, está a chegar rapidamente ao fim.

sábado, 18 de agosto de 2012

E tudo começou...

Andei a falar pouco de futebol porque, na época passada, apesar das mais inacreditáveis voltas que aconteceram, tudo acabou da forma tradicional. Ou seja, com o Porto campeão.

Este ano, tudo começa da forma tradicional. O campeão da pré-época enterra-se no 1º jogo. Igualmente, já se ouve o rufar diabólico contra os árbitros.

É bom ver que há certas coisas que nunca muda.

sábado, 9 de junho de 2012

Tal País, tal Selecção!


Um dos meus lemas predilectos sempre foi:

Cada país tem a selecção que merece.


Normalmente usava esta expressão de uma forma ligeira e com apenas uma ponta de ironia. No entanto, com o passar do tempo, tenho verificado que o alcance da mesma é cada vez maior.

Falemos do Europeu pois é para isso que aqui estou. Apostei 1€ na BWIN que Portugal não fazia nenhum ponto nem marcava nenhum golo. A cota era de 39 e acho que deveria ter apostado logo 50€. Não o faço agora porque não quero ir de férias à pala da miséria nacional... E porque não tenho confiança nos defesas adversários. Sempre podem meter um auto golo.

Apesar de ter sido uma aposta brincalhona, não deixa de revelar que os problemas que temos no que toca à concretização são bem reais. São tão reais, e há tanto tempo, que a equipa das quinas nunca ganhou nada.

Sou da opinião que uma equipa medíocre com um grande avançado ganhará muitos mais jogos do que uma boa equipa sem Ponta de Lança. Acham exagero? Pois eu não. O futebol é para quem marca golos e, quem joga bonito e não marca, simplesmente joga mal. Por isso é que as equipas pagam milhões por avançados de topo.

Façam o que fizerem, enquanto não tivermos qualidade na posição mais decisiva em campo, NUNCA ganharemos nada. A Alemanha, que teve um jogo sem inspiração, tem um dos melhores avançados do mundo. Bastou uma bola bombeada, vindo do nada, para ganhar o jogo.


Note-se que a importância de um grande avançado é tal que ouviram-se muitos comentários de que o golo Alemão foi "Sorte", "Caiu-lhes do Céu". Pois sim, o golo Germânico  apareceu porque o talento e poderio do seu atacante centro é monumental. E tudo o resto, as jogadas, as tabelas, as fintas e as correrias, não valem absolutamente nada.

E também é por isso que jogadores como Falcao, que não tem técnica especialmente apurada, capacidade física superior, nem outro aspecto que os distinga dos demais, se tornam gigantes. São escolhidos pelos Deuses para marcar golos e, de facto, marcam-nos em qualquer campo, de qualquer maneira e em qualquer momento.

Esta característica do nosso futebol não é exclusiva deste desporto. Na realidade, a constante falta de agentes de decisão válidos, é um cancro Nacional que exerce o sufoco dos seus tentáculos por toda a sociedade.

No futebol como no resto somos um país que, desde sempre, se gaba do seu potencial, da sua capacidade, dos seus recursos escondidos. Entre tons de fatalismo, modéstia excessiva e de orgulho falsificado, agimos como se não quiséssemos comprovar que, de facto, podemos vingar. É sempre a culpa de alguém, o tal "azar" que nos escreve o fado mas que, na verdade, é simplesmente talento dos outros.

Na política encontro grande paralelismo com a situação do nosso Futebol. Sempre fomos uma nação cujos dirigentes estragaram as poucas oportunidades que tivemos. Na bola, sempre aparece o "azar" na finalização. Nas catacumbas do parlamento decide-se que temos de formar Portugueses de modo a que sejamos mais competitivos. Porém, esses, saem com cursos impróprios para a realidade e, os que tem alguma qualidade, fogem deste buraco  para ajudar as economias estrangeiras. No futebol, da mesma maneira, formam-se jogadores às carradas que, invariavelmente, saem extremos ou médios de 1,50 metros e que, quase de certeza, acabam nas ligas amadoras.

E os agentes que decidem, ou seja, os políticos revolucionários, os "entrepreneurs" de sucesso, os cientistas de topo, assim como os grandes Pontas de Lança, não surgem em lado nenhum.

O problema de Portugal é a incapacidade de moldar o seu povo para as necessidades futuras (e não presentes pois, estas lutas, já estão perdidas). O problema de Portugal e, mais especificamente, do seu futebol, é ter milhares de escolas e professores incapazes de formar um avançado digno.

E, eu, JURO, nunca vi uma grande equipa sem um grande avançado. Mas já vi equipas medianas fazer brilharetes por ter um grande avançado (Atlético de Madrid).

Finalmente, mantenho e reforço a minha aposta: 0 golos e 0 pontos na fase de grupos.

domingo, 27 de maio de 2012

Euro 2012 - Outra vez não!!!!


Já há muito que não tenho nenhum especial sentimento pela selecção e, isso tem de ser dito logo à partida.

A selecção que me fascinou, e fascinou a todos, foi a de Figo, Paulo Sousa, Rui Costa, Fernando Couto, João Pinto, Jorge Costa, Vítor Baía e companhia. A partir daí, o meu interesse foi decrescendo até chegar ao ponto de estar quase insensível ao que acontecer.

Houveram tempos em que a selecção era de todos. Hoje, a selecção é de alguns. Antes puxava pela equipa mas, hoje, apenas consigo gostar de poucos dos que lá estão. Os outros me importam.

Consigo até dizer, sem ponta de ironia, que, neste Euro 2012, sou pelo Bosingwa e pelo Ricardo Carvalho.

Os meus problemas com a selecção começaram com Scolari. Se muitos prezam as suas quase conquistas, eu acho que ele não fez nada de especial. Conseguiu até perder duas vezes com a Grécia com uma equipa que tinha, entre outros:

- Paulo Ferreira e Miguel em plena forma;
- Nuno Valente no topo da carreira;
- Ricardo Carvalho no topo;
- Deco no Topo;
- Rui Costa ainda operacional;
- Pauleta em alta rotação;
- Luis Figo quase na plenitude;
- Cristiano Ronaldo a emergir;
- Uma série de outros talentos como Simão, Maniche, Tiago etc.

Assim, pergunto eu, foi alguma coisa de especial ir à final do Euro em casa? Não.


Mas o que mais me surpreendeu, e deu origem ao meu desgosto quanto às selecções, são as decisões pessoais e desrespeitosas em relação a jogadores que mereciam mais.

O caso Vítor Baía foi o primeiro de muitos. Um jogador que acabava de se sagrar campeão Europeu e de ser eleito como o melhor Guarda Redes da Liga dos Campeões, que era também um ícone da equipa e que sempre pautou a sua carreira pelo respeito e dedicação, não podia ser tratado abaixo de cão por um brasileiro com bigode hitleriano.



Usar um Senhor, um dos mais carismáticos jogadores Portugueses de sempre, e um dos mais titulados do mundo, como um exemplo de autoritarismo foi indecente.

Alguns dirão que Ricardo esteve muito bem e que ganhamos aos Ingleses graças a ele. Eu, bem pelo contrário, digo que defender um penalti ao fim de 10 marcados, e levar um frango decisivo no jogo da final, não é nada de se gabar.

Posto isso, em 2006, não tendo os egos esmorecido entre o FCP e Scolari, este vinga-se não convocando Quaresma que, nesta altura, era apenas, e de longe, o mais talentoso jogador a actuar em Portugal.




Não duvido até que a sua "despromoção" para os sub 21 (que acabou de forma lamentável) tenha tido um forte impacto negativo na carreira global de Quaresma. Esses golpes marcam. Especialmente quando se sabe que se tinha ganho, em campo, o direito de jogar.

Mais recentemente, outro ditador sem pudor entrou nos quadros da selecção. Apesar de Queiróz, anteriormente, ter cumprido os requisitos mínimos  (sim, a muito custo) ao passar a fase de grupos, nada pode fazer, nem era espectável que o fizesse, contra equipas de maior gabarito. No entanto, foi corrido como um cão vadio e entrou Paulo Bento. Um treinador que nunca ganhou nada de relevante, nem provou ter qualidade acima da média tanto como jogador como treinador.



Aliás, o legado de Paulo Bento foram épocas de mediocridade no Sporting, apenas manchadas por 2 vitórias em Taças de Portugal que, sejamos honestos, não valem nada. Além disso, também ficou recordado por uma série de problemas com jogadores. Este perfil de líder de ferro, inflexível e teimoso como um burro, não fica bem a ninguém.

Os bons líderes são os que castigam mas também perdoam. Se não souber perdoar, apenas é um ditador e, como reza a história, este tipo de personagens estão condenadas a cair em chamas.

No que toca à selecção, o Risca ao Meio, em pouco tempo, causo mais problemas do que um Tsunami. Mal foi destacado para o lugar de Queiroz, uma série de jogadores abandonaram a selecção. Seria por o fim de um ciclo ser um momento apropriado ou, por outro lado, por saberem quem era Paulo Bento melhor do que ninguém? Fica a especulação no ar.

Contudo, os casos mais graves, foram sem dúvida os de Ricardo Carvalho e José Bosingwa.


Carvalho foi o melhor defesa central da história do futebol Português. Está no top 5 da sua geração e, na altura da sua excomungação, era ainda titular do Real junto a Pepe.

Muitos dizem que o que ele fez não se faz. Correcto. Muitos dizem que eles estão ali para jogar e mais nada. ERRADO. Jogadores como Carvalho, que são estrelas mundiais e que tem um CV de alto gabarito, a partir de uma certa idade, estão a fazer favores às equipas. Aos 33 anos, Ricky ganha menos com a selecção do que a selecção com ele e, isso, tem de ser respeitado.

Assim, um jogador que sempre pautou pela excelência em campo tanto como fora dele, com um percurso imaculado por todo o lado onde passou, tem direito a um tratamento diferente do que aquele que é dado a um rapaz de 21 anos que está a começar a provar-se no seio desta equipa.

Até Mourinho, explicava a Jorge Costa, a Terry, e Ronado porque é que ia ir para o banco neste ou naquele jogo. Ou porque queria ver outra solução, porque queria por o jogador a descansar ou recompensar o suplente pelos esforços nos treinos. De qualquer forma, NUNCA se manda uma lenda viva para o banco SEM QUALQUER JUSTIFICAÇÃO.

Claro que Carvalho reagiu mal. A quente. Mas também foi homem para vir pedir desculpas a público. Coisa que não deve ser fácil para ninguém. Risca ao Meio, este, como adepto do autoritarismo, não se mostrou minimamente preocupado nem admitiu, por uma fracção de segundo, que deveria ter tratado este jogador de forma diferente.

O facto é que perdeu-se um grande jogador que mete, ainda, Rolando e Bruno Alves, no bolso pequeno.




Bosingwa também se pode queixar. Um bi campeão Europeu, que joga numa posição em que mais ninguém convence, foi corrido sem qualquer motivo válido. Disse Paulo Bento que não gostava de jogadores pouco disponíveis para a selecção. Ou seja, que "fingiam" lesões para poder jogar pelo clube.

José Bosingwa, este, veio publicamente limpar o seu nome chamando, sem papas na língua, de MENTIROSO ao Risca ao Meio. A verdade é que, no caso comentado por Paulo Bento, Bosingwa apresentou provas médicas válidas e, no fim de semana seguinte, nem jogou pelo Chelsea.

Após este comunicado do lateral, Paulo Bento retirou-se no silêncio, sem justificar nada a ninguém.

Outra faceta que não aprecio neste tipo é o xenofobismo e mentalidade retrógrada no que toca aos jogadores naturalizados. Vejamos apenas a nossa história, que, até agora, está recheada de grande jogadores que não tiveram origens em Portugal. Eusébio não era Português e não me venham com o argumento Salazarista de que "eram colónias e parte do país". Jordão também não era. Deco e Pepe também não.



Quando vejo uma pessoa insinuar que por ele nunca mais se naturaliza ninguém rio-me da sua estupidez. A Alemanha teve africanos na sua selecção e joga, hoje em dia, com jogadores que tem origem na  Polónia, Austria e Turquia. Muitos poderão dizer que "nasceram na Alemanha" e Deco e Pepe não. Porém, eu, vi dois chavalos de 18 anos a tornarem-se homens cá e a jogar mais tempo na nossa 1ª liga que Figo, Rui Costa ou Cristiano Ronaldo. Vi até Deco e Pepe escolherem Portugal em detrimento do Brasil coisa que muitos Portugueses não fazem.

Aliás, basta ver as selecções da França para verem quantos descendentes Portugueses estão se a borrifar para as suas origens. Basta ver que todas as equipas naturalizam e, nós, orgulhosamente sós, estamos a fazer de conta que temos mais valores que os outros quando, na prática, metade do país, se pudesse, saia desta jangada de pedra semi afundada, para nunca mais cá voltar.

Temos de jogar com todas as cartas. É o que os outros fazem.


Desta forma, não fosse o Risca ao Meio, estou quase certo de que teríamos Fernando na selecção. E este é um jogador que tanta falta nos faz.


Além de tudo isso, a inconsistência em jogadores absolutamente inúteis como Rúben Micael e Carlos Martins, em detrimento de Hugo Viana que teve a sua melhor época de sempre, é absolutamente inaceitável. Juro que se fosse Viana, o dia em que Paulo Bento me tivesse chamado, iria à TV abdicar da selecção justificando o facto por não ser um vulgo remendo à disposição de um sapateiro como o é o técnico da selecção.

Temos hoje uma equipa de qualidade mediana. As nossas selecções inferiores são fracas porque os jovens tornaram-se uns maricões que não podem jogar futebol na rua ou num capo de milho. Tem de ser num sintético, com sapatilhas de marca ou, se possível, na PS3. Há uma série de jogadores deprimentes que tem vindo a jogar pelas Quinas que são o prenuncio da morte. Falo de Eliseu, Duda, Micael, Martins e até Hugo Almeida e Postiga que, nem em clubes do 3º escalão, conseguem ser bons jogadores. Agora, chegamos a um novo fundo de ter de convocar um puto de 20 anos (Nelson Oliveira), que nunca fez nada para o merecer, para compor as coisas em termos de avançados.

Não temos soluções, não temos efectivo e, ainda por cima, temos um sabotador que se tem entretido a amputar a selecção nacional.

Por essas, e por outras que a preguiça me impede de relatar, vejo a selecção como um antro de egos enormes que causam decisões pouco claras. É um negócio enorme onde não existe ponta de verdadeiro orgulho nacional.

Os tempos das Selecções de Ouro, que nos faziam vibrar, foi coberto por um manto escuro onde as atitudes estranhas e opções incompreensíveis reinam.

Por mim, como sou pelo Carvalho e pelo Bosingwa, se a selecção sair do Euro sem um golo sequer marcado (o que é provável.. pelo menos sem vitórias), não chorarei. Ficarei contente por corrermos com mais um maníaco egocêntrico. Só terei pena do Ronaldo que precisa do Europa para ganhar a Bola de Ouro e de alguns outros jogadores que merecem o meu respeito.

domingo, 6 de maio de 2012

Olhando para o passado e espreitando o futuro!

Este Porto não foi um Porto vintage como o do ano passado. Longe disso!

Este Porto foi um destes Portos que se serve à chegada das excursões de 3ª idade. Ou seja, é mau, mas, contudo, serve o propósito. Até porque, este vinho e esta equipa, por muito maus que sejam, são sempre superiores à media.

A época que finalmente acabou (e digo finalmente porque tantas vezes rezei para que acordasse deste pesadelo) foi um prato azedo que deixou um sabor doce no fim. As competições perdidas, e a forma como as perdemos, não foram totalmente apagadas pela vitória no campeonato. Campeonato que à primeira vista parece muito bom mas que, para quem viu, sabe que não passou do mediano (ou medíocre).

Liga dos Campeões:



Uma das prestações mais humilhantes que alguma vez vi. Caindo no grupo mais fácil, ter sido enxovalhado por clubes de 4ª linha como o Apoel e o Zenit foi um prenuncio do que se avizinhava. Muito dinheiro perdido e, acima de tudo, uma oportunidade esbanjada de valorizar activos após uma resplendida época europeia no ano transacto.

Liga Europa:














Não era a nossa competição mas, no entanto, deveríamos ter saído de outra forma. Sermos goelados pelo City não é aceitável. Bem sei que eles nos enfrentaram com uma atitude séria e de respeito (coisa que causamos naturalmente a qualquer adversário), o que os levou a vencer facilmente de mais. Tivessem eles tido metade da mesma postura contra o Sporting e ainda por lá andariam.

Taça de Portugal:


Ser eliminado desta competição da forma que fomos, ou seja, contra uma equipa muitíssimo inferior, foi mais um desgosto. Não há muito mais a dizer sobre isso.

Taça da Liga:

Perdemos mais uma vez às mãos do 5LB. Nada de muito preocupante pois ate podíamos ter ganho. No entanto, esta é uma taça que falta no nosso salão. Mesmo que apenas valha o seu peso em lata, devemos tentar ganhá-la antes que os clubes se recusem a jogá-la.

Supertaça:

A forma como a ganhamos, a custo e com polémica, foi o perfeito pronúncio do que aí vinha. 2 meses antes trucidamos o mesmo adversário numa Final por 6 golos a 2 e, de repente, a equipa pareceu estar numa letargia da qual nunca conseguiu sair.

Campeonato:

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Nota positiva: Ganhamos. Nota negativa: Jogamos muito muito muito mal. Salva-se as vitórias decisivas em lisboa e Braga quando assim foi necessário. Isso demonstra que o carácter vem a cima quando se trata de equipas vencedoras. Um bem haja ao benfica que se afundou em mediocridade depois de ter 5 pontos de vantagem e, logicamente, ter-se deixado ir na corrente entorpecedora da bajulação dos media.

Contas feitas, um ano positivo. Um 10/20. Chega para passar mas não é motivo de especial orgulho. De referir apenas que são 8 campeonatos em 10 anos. Ou 4 em 5. Domínio que esta época ameaçou desfazer. Caso tivéssemos perdido, os argumento mouriscos seriam de 2 em 3 para o lado deles. Safamos-nos!

Tal como Pinto da Costa disse, as épocas não se preparam no fim da última. As épocas vão sendo preparada com antecedência. Espero que este ano a SAD tenha um comportamento de sucesso pois, nesta ultima época, os erros foram tantos que até a torre das antas ameaçou cair.

Pessoalmente, eis o que eu acho que vai acontecer vs o que quero que aconteça.

Treinador:



Quero que se vá embora ontem. O futebol com ele é sofrível e deve ser o único treinador campeão de quem os adeptos, na sua vasta maioria, não gostam. Porém, tenho a sensação de que Pinto da Costa não irá ter vontade de se desfazer do adjunto do adjunto do adjunto de Sir Bobby Robson. Ganhar com ele foi uma bofetada aos benfiquistas. O mesmo seria dizer que até sem treinador ganha. A minha aposta é então de que iremos ter mais um ano  de VP pela frente.

Aguenta coração.

Transferências:


Temos de fazer pelo menos 40 milhões em vendas para colmatar o imenso rol de salários e investimentos exorbitantes (e pouco claros).

Toda a gente fala da venda de Hulk mas verdade é que, se não vier uma proposta de bem mais de 50M, nem sequer há conversa. E todos sabemos que a crise está cá para todos.

Contudo, não é necessário vender nenhuma das pérolas para equilibrar as contas. O plantel é tão vasto e tão mal aproveitado, que os seus excedentes dariam para resolver muitos problemas.

Assim, o meu cenário ideal seria:

- Vender Rolando por +10M. Este jogador estar em fim de linha e a dupla Maico vs Otamendi, com a chegada de um talentoso Mangala assim como os rumores de um regresso de Carvalho, não só beneficiaria todos os jogadores do clube como o próprio Rolando.

- Vender Varela +5M. Varela deu muito ao Porto. Foi importante em momentos chave. No entanto, o seu espaço diminuiu na mesma proporção do que a qualidade das suas exibições. Com a afirmação de James, um Iturbe a querer aparecer e um Djalma que, sinceramente, jogou o mesmo que Varela (ou seja, pouco), a saída avizinha-se. Ate porque está na idade limite para render alguma coisa.

- Vender Alvaro Pereira +12M. Época verdadeiramente decepcionante. As suas exibições roçaram o ridículo. Como é possível passar de um jogador considerado um dos melhores na Europa na posição, a um autentico rebo de pés quadrados, incapaz de fazer um remate ou um centro? Os seus desempenhos foram tão fracos que não há um Portista que o queira manter quando tem Alex Sandro na calha.

- Vender Guarin +9M. Esse foi um dos que estava a mais na equipa. Depois de uma grande época, onde foi importante, o excesso de jogadores para aquela posição, assim como que a inadaptação a VP, empurraram-no para fora. Peço ao Inter que fiquem com ele. Até fiz um preço barato! De qualquer forma, a esse valor, vai para outro clube. Este tem mercado e não tem espaço no plantel. Obrigado por tudo.

- Belluschi +5. Nunca gostei dele ao contrário da maioria dos Portistas.Um nº 10 que não consegue fazer um passe decisivo nem dar sequência a jogadas de forma consistente, não serve. Parece que é titular no Génova. Talvez por isso estejam no estado que estão.

- Fucile +5. Depois do empréstimo pode fciar no Santos. Ele dá-se bem no estilo descontraído dos brasucas. Além do mais, não tenho saudades dos seus derrames cerebrais que nos custaram muitos jogos. Fucile, bem visto no Dragão, foi nos mais prejudicial do que benéfico. Perdi a conta aos jogos que perdemos com ele expulso. O último dos quais, e que ditou a sua saída, contra o Zenit e de uma forma indesculpável.

Assim, fazendo as contas de uma forma real e sem exagerar nos valores pedidos, faríamos 47M sem tocar nas pedras chave da equipa.

No entanto, o que eu acho que irá acontecer é:

Vender Rolando, Varela, Hulk, Fernando e Alvaro Pereira. Dos emprestados vamos conseguir enfiar o Guarin (abaixo do valor) e o Fucile. Belluschi irá voltar para ser emprestado até acabar o contrato.

O desafio passa depois por arranjar substitutos para Hulk (impossível) e Fernando (quase impossível).

Se não conseguirmos suprir a saída destas pedras chave, prevejo um campeonato muito equilibrado com a ascensão do Sporting e queda do benfica (que também vai vender) e do Porto. O Braga, esse, se mantiver a qualidade de jogo, irá ter uma oportunidade ainda maior de se chegar à frente.




quinta-feira, 26 de abril de 2012

A Final Menos Esperada!

Contra todos os prognósticos (ou pelo menos, a maioria deles) teremos um Bayern Vs Chelsea como final da Liga dos Campeões.

Os Ultra favoritos Barcelona e Real Madrid obtiveram lições diferentes mas que, em ambos os casos, revelaram os pontos fracos dos gigantes Hispânicos. Pontos fracos que se até agora pareciam pequenas brechas escondidas, assemelham-se hoje a duas ravinas esfomeadas.


Barça Vs Chelsea

O Barcelona aprendeu que defender é preciso no futebol. Uma equipa que ataca transloucadamente durante 90 minutos sem se preocupar com a retaguarda irá, inevitavelmente, obter desgostos. E, nesta eliminatória, foram 2. Um em cada mão que provam aos apaixonados do futebol de ataque que, sem a defesa, não se vai ao longe.

Guardiola aprendeu que com cantera  também não se vai a lado algum (perguntem ao Sporting). É lindo dizer que o Barça joga com X ou X jogadores formados no clube. Fica bem e, quando tudo corre bem, é mais uma facada a espetar aos adversários mais capitalistas. Porém, quando as coisas não funcionam bem, a classe e talento dos super dotados faz falta em todas as posições. Podem dizer o que quiserem mas Thiago, Pedro, Tello e Cuenca não são jogadores para o Barça. Podem vir a sê-lo um dia mas a obstinação de Guardiola em mostrar que faz de miúdos, graúdos, custou-lhe uma Liga dos Campeões.

As posições são para ser respeitadas. Os apaixonados pelo Barça (que devem ser menos 70% do que há 1 semana atrás) sempre cantavam alegremente que a revolução futebolística catalã tornou obsoletas as posições. Fabregas marcava como um ponta. Messi aparecia em todo o lado, os trincos eram centrais e os centrais trincos enquanto os laterais eram extremos e os extremos avançados. É tudo muito bonito de facto. Porém, certo dia virá em que as escassas e decisivas oportunidades de golo vão ter aos pés de um médio ou um central em vez de chegar a um Villa, um Ibrahimovic ou um Etoo. Pois bem, as leis da probabilidade dizem que um avançado, que treina a finalização desde os 8 anos, irá ter mais hipóteses de converter. Da mesma forma, quando um trinco está a fazer de central, haverá mais probabilidade de falhar.

O tamanho conta.
Famoso é o ditado que diz que, no futebol, o tamanho não interessa. Sou apologista da mesma quando essa afirmação é tida como a excepção e não a norma. Por isso quero dizer que quando o Barça enfrenta uma equipa em que todos os jogadores adversários são mais altos e fortes, as dificuldades vão ser enormes. Se a primeira bola entrar, tudo bem. Porém, com o passar do tempo, o desgaste não perdoa. Sintomático também ver o ridículo em que cai Barcelona quando tenta aproveitar ou defender as bolas paradas e fazer jogo directo. Uma equipa tem de ter tudo. Pequenos e grandes.

Real Vs Bayern

1ª mão das meias finais. Munique, 90º minuto. Depois de Mourinho ter entregue a iniciativa ao Bayern nos últimos 25 minutos do jogo, Lham, em cima da hora, "come" vergonhosamente Coentrão, centra e Gomez faz o golo da vitória.

Game, Set & Match.

Algo andava no ar. Durante a semana, por muito que as palavras dissessem o contrário, uma desconfiança pairava acerca do jogo decisivo. Desconfiança esta menorizada por uma brilhante (mas extremamente desgastante quer fisicamente como psicologicamente) vitoria do Real sobre os seus odiados rivais que quase lhes deu o título.

A forma autoritária como o Bayern jogou e, sobretudo, simples, eficaz, planeada, em total contraste com um Real que explodia a espaços graças as correrias de Ronaldo e Ozil (não refiro o Di Maria pois parece um tolinho a jogar à "Cabra Cega"), anunciou que a coisa estava muito complicada.

Mesmo na 1ª meia hora do jogo de Madrid, com mais dois golos de Ronaldo, o Bernabéu estava intranquilo. O Bayern jogava a seu belo prazer enquanto que tudo saía demasiado confuso e esforçado do lado Merengue.

O problema do Real não foi relaxamento. Não foi azar e não foi o árbitro. O problema é que, o Bayern é uma equipa muito mais completa que o Real Madrid.

Atrevo-me a dizer até que tem melhor equipa.

Em termos atacantes, Ribery, Robben e Gomez tem um poder de fogo acumulado incomparavelmente superior ao do Real. Do lado de Madrid, apesar de Ronaldo ser melhor do que qualquer um deles, Benzema e Higuain não são avançados de topo como Gomez e, Di Maria, nem sequer deveria aparecer junto a nomes como os dos extremos Bávaros.

Ainda no meio campo, apesar do talento de Ozil, jogar com Alonso e Kedhira é suicídio. Ambos são lentos, posicionais, e não trazem dinâmica ao jogo. Combater os móveis e mais habilidosos centro campistas Alemães tornou-se impossível. Na minha opinião, Mourinho é repetente neste erro.

Em termos defensivos, apesar dos centrais do Real serem melhores que os do Bayern, os laterais não o são. E muito menos o Guarda Redes (Neuer, desde um jogo no Dragão pelo Schalke, é pra mim o melhor GR do mundo). Arbeloa é um remendo inconsequente e tanto Coentrão como Marcelo comprometem enormemente quando tem de defender jogadores de topo.

Ao facto de, na globalidade, a equipa de Munique não ser nada inferior à do Real Madrid, adiciona-se ainda o facto de ser uma equipa montada há algum tempo. Muitos jogam juntos há muito tempo (clubes e selecção) e estão integrados na filosofia do clube há mais tempo.

O Bayern, tal qual o Barça, parece um produto mais acabado do que o Real. Real esse que mostrou ter muito por onde crescer, especialmente em harmonia, automatismos e, especificamente, qualidade em certas posições.

A José Mourinho digo: Ontem a Taça, Hoje a Liga e Amanhã o Mundo!

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Hora de decisões!

Volto a exprimir as minhas ideias depois de um interregno que teve como propósito evitar ficar mal na figura.

Na verdade, estas últimas duas semanas poderiam decidir tanta coisa, e haviam tantas variáveis a depender dos resultados, que falar acerca da conjectura actual seria arriscar-se a levar com as canas dos foguetes na cabeça.

Porém, agora que as últimas partidas se aproximam, concluí que, existindo imprevisibilidade, há igualmente, na mesma quantidade, risco de tudo ficar decidido de um momento para o outro. Assim, eis o que me vai na cabeça:

Liga Portuguesa


Nada está decidido entre Porto e Benfica. Os jornais e outros instrumentos mouriscos estão a fazer um bom trabalho tentando transmitir a ideia de que o campeonato está entregue. Por certo que estão a tentar adormecer o Porto mas, felizmente, andamos nisso há muitos anos e, por norma, é nestas ocasiões que mais despertos estamos.

Acredito que uma vitória contra o Beira Mar sentenciará a liga mesmo tento pela frente um jogo fora em terreno tradicionalmente inóspito e, claro, o jogo contra o Sporting. Sporting esse que deu mas também pode tirar.

Acerca dos Verdes e Brancos, sempre disse a amigos meus que todos os clubes tem telhados de vidro mas que, o único a ter sido julgado e ilibado deles, foi o Porto. Todos os outros deveriam estar caladinhos pois os seus podres podem muito bem voltar à superfície a qualquer momento.

O benfica, no decisivo embate contra o Sporting claudicou. Claudicou sempre nos grandes jogos ( a não ser contra o Braga onde uma matreirice arbitral os empurrou para um tardio e já inesperado sucesso), bem ao contrário do Porto que encontra a sua pequena parte de mérito nesta Liga ao ter vencido, e bem, jogos fora em Braga e lisboa.

Obviamente que, as vitórias do Porto e derrotas do benfica, para a manada encarnada, se devem apenas aos árbitros. Tudo é tão simples neste mundo infantil onde vivem escondidas as inocentes almas do regime.

Liga Espanhola


Real e Barça defrontam-se logo à noite.

Será um dos mais intensos derbis da história do futebol mundial porque, neste jogo, existe a oportunidade da "melhor equipa de sempre" ser derrotada em campo por um clube rival que, em dois anos, com apostas em Portugueses, poderá deitar abaixo este monumento que é o Barça.

Para nós Portugueses é realmente um momento único. Ter dois conterrâneos a liderar a carga contra esta super equipa é algo de prestigiante e, na verdade, se tiverem sucesso, será para mim o maior feito da história do futebol nacional.

Fácil não irá ser. Provavelmente o Real vai passar pelas atrozes dificuldades do costume. Além disso, é um facto adquirido que os últimos tempos não trazem sossego à equipa. O futebol avassalador já lá vai e o nervosismo espreita a todo o momento. O Real, neste momento, parece o Porto. Uma equipa à beira do sucesso mas com medo de se queimar.

Espero que, um como o outro, se assumam neste momento chave!

Liga dos Campeões


2 meias surpresas na 1 mão das meias finais.

O Real Madrid perde no último minuto depois de ter controlado um jogo fora contra uma grande equipa (desde quando o Real tem a obrigação de ir a Munique abafar uma equipa que conta no ataque com 3 dos melhores jogadores do mundo?) com culpas para Mourinho. No meu ponto de vista, a excessiva retranca dos últimos minutos, que visava evitar sofrer um golo e perder a vantagem na eliminatória, foi o motivo pelo qual isso veio a suceder.

Se Mou tivesse querido a bola em vez de a entregar no último quarto de hora, tenho a certeza que estaria já com um pé na final.

Quanto ao Barça, a sua superioridade foi brutal como se esperava. Tiveram imenso azar mas, a verdade é uma:

Quem joga sem avançado sujeita-se a perder muitos golos.

De facto, Fabregas, Alexis, Messi, Iniesta etc, por muito bons que sejam, não treinaram finalização desde os 12 anos.

O golo de Drogba (um verdadeiro herói que irá deixar saudades) pode não ser decisivo porque quase de certeza que o Barça irá vencer em casa mas, contudo, deixa no ar esperança. E a esperança é a última a morrer!

Acredito piamente numa final entre Real e Barça. Jogo que, a realizar-se, poderá ser uma partida a ficar na memória do jogo para a eternidade.

sábado, 24 de março de 2012

Impuniade e mariquices!

Já o tinha dito antes mas, depois das últimas afirmações do benfica, fico convencido que, não todos, mas grande parte das suas hostes, são doentes mentais.

Os sinais de loucura começaram quando culparam o árbitro da derrota em caseira frente ao FCPorto. Ver AQUI.

Apesar de terem marcado um golo claramente ilegal e de lhes ter sido perdoado MO ,MÍNIMO 1 expulsão 1 penalti, tiveram o descaramento de acusar tudo e todos menos os seus jogadores e treinadores.

TÍPICO dos Lisboetas. Sporting e benfica são dois clubes cada vez mais ridículos, constantemente a desculpabilizar as suas acções. É o típico viver Lisboeta que acha normal serem tratados acima dos outros e incapazes de assumir as suas culpas.

Pior do que o jogo contra o Porto, e algo de absolutamente inacreditável, é ver declarações como ESTAS.

Quando se vê o lance abaixo, que consiste numa expulsão mais do que óbvia, e se verifica a raiva com que os benfica ataca os árbitros, só podemos concluir que, de facto, são doentes do forro psíquico.



Enquanto que cada vez fico mais espantado com a falta de senso comum de alguns clubes, ainda mais incrédulo fico com a impunidade que existe. O Sporting veio a público exigir que um juiz fosse banido quando, na realidade NÃO JOGAM A PONTA DE UM CORNO HÁ 3 ANOS SEGUIDOS. Reacção da Liga? NADA. o benfica, jogo a pós jogo, critica os do apito, dispara em todos os sentidos, e... NADA.

O FCPorto, que muitos hipócritas apontam como um clube que manipula a lei, curiosamente, é o único que foi multado de forma repetida por estas acções. Da mesma, forma, fomos também os únicos a sermos julgados e ilibados. Outros houve que foram esquecidos sabe-se lá como.

segunda-feira, 19 de março de 2012

Update 20/03/2012

Apenas para comentar as últimas maravilhas do nosso futebol:

Sporting

Clube que não sai da cepa torta. É verdade que eliminaram o City. Também é verdade que, e digo isso sem qualquer ponta de ironia, o City se deve ter sentido muito mais motivado ao defrontar o Porto, detentor do título e clube credenciado a nível mundial, do que um Sporting, quase anónimo nas últimas duas décadas e enterrado num grande problema interno.

Assim, por causa da arrogância que os clubes mercenários do dinheiro emanam, quando deram por ela, estavam a perder 3-0 no conjunto das duas eliminatórias. A 2ª parte deles, contudo, foi arrasadora e demonstraram uma superioridade sobre a equipa lisboeta que nunca foram capazes de exercer sobre o FCP. Bem pelo contrário...

Assim, convencidos de que já eram uma grande equipa de novo, golearam o Vitória de Guimarães. Ora, mais uma vez, tal como o jogo de Manchester, isso pouco diz da real competência da equipa. Ganhar por 1 ou por 5, a uma equipinha atulhada em dívidas, não é revelador de nenhuma melhoria.


A prova dos 9 deu-se em Barcelos. Um jogo fora de casa, de campeonato, contra uma equipa com um recorde impressionante contra os grandes. O resultado da confiança exagerada foi uma exibição deplorável e uma derrota justa.

Obviamente, os Sportinguistas culparão os árbitros. Tal como os seus irmãos de sangue benfiquistas, são incapazes de aceitar os factos de frente. A equipa é e continua a mesma. Não é um penalti mal assinalado (que não deu em golo) que pode justificar um jogo mal conseguido. Tão pouco o 2º penalti, bem assinalado, ou a expulsão, que se aceita, podem servir de arma de arremesso contra os juízes.

Porém, em Portugal, a culpa é sempre dos outros. Até mesmo a imensa crise nacional onde nos encontramos é a culpa dos outros. Mais especificamente de Pinto da Costa e dos árbitros.

Braga

O que dizer desta equipa? Dá goleadas e joga de forma soberba em qualquer campo.


Já vão em 12 vitórias consecutivas o que é um recorde para o clube e uma marca invejável para qualquer grande. A forma como a imprensa trata o Braga, como se não fosse um candidato sério, é triste. São a melhor equipa e, caso lhes corra bem os jogos contra os "grandes" poderemos estar a ver história a passar à nossa frente.

P.S: Ver Ukra e Helder Barbosa a jogar como jogam e constatar que temos Cebolas e Djalmas na equipa é de rir. É de rir quase tanto como convocar Carlos Martins e outros verdadeiros rebos e deixar Hugo Viana de fora.

Alargamento


A federação chumbou a estúpida tentativa de alargamento sem descidas de divisão.

Logo a seguir, os clubes "pequenos", geridos por cobardes sem sentido desportivo, ameaçaram com protestos, greves e tribunais.

Meu Deus! Que ridículo são estas equipas. Além de poluírem o futebol com mergulhos, anti-jogo e brasileiros de qualidade fraquíssima, parece que estão agora empenhados em desvirtuar as mais básicas regras da competição.

O que é que esperavam? A maioria destes clubes são geridos por empreiteiros e industriais falidos à procura de uma escapatória para as suas vidas. Passaram os seus dias a dirigir empresas à moda Portuga, cheios de grandezas e vazios de valores.

Mais uma vez, o Futebol é o retrato da sociedade e, olhando para a atitude de alguns dos clubes, compreendemos muitas coisas acerca do nosso país.

FC PORTO!

Ao contrário da maioria da Lagartagem, não me custa nada admitir que se joga mal, MUITO MAL, para os lados do Dragão.


Alguns dirão que fomos a um campo difícil, sem Hulk, Fernando, Danilo, Varela, Djalma etc. e, de facto é verdade. Contudo, nada justifica mais uma exibição horrosa da equipa. Do jogo salva-se o resultado e uma das maiores exibições da carreira de Helton.

Pensando bem, vou deixar de comentar de forma negativa os jogos do Porto. Vou passar a assumir estas tristezas como sendo a normalidade. Faria de facto mais sentido ficar surpreendido quando ganhar e, caso haja um milagre, a equipa jogasse um futebol minimamente digno.

Para finalizar, estamos em cima da meia final da Taça da Liga. Competição que todos dizem não terem por ela grande estima mas que, na hora da vitória, serve sempre como bandeira e arma de arremesso.

Parece que Jesus disse que a prioridade é o campeonato. Pinto da Costa também. Assim, aposto que:

O Porto entra em campo com pelo menos 4 suplentes e o benfica entra em campo com os titulares.

terça-feira, 13 de março de 2012

Democracia falhada, Demagogia e Alargamento

As eleições na minha freguesia costumavam ser definidas por quem oferecesse mais febras, vinho e brindes de plástico inúteis. Costumavam igualmente definir o vencedor através das eternas promessas pessoais, comprando votos individualmente em vez de o fazer de uma forma geral pelas políticas globais.

Assim, se o presidente prometesse uma estrada nova ou uma carrinha Mercedes para que a malta pudesse ir fazer uns piqueniques a Fátima e Santiago com muita pinta, votava o povo em massa no individuo. Isso nem que o candidato fizesse parte do Partido Nacional Republicano, Hitleriano ou pretendesse repor o Feudalismo Medieval.

Desde que lhe seja oferecido qualquer coisa, a maioria dos eleitores são capazes de votar em qualquer um

A Democracia não funciona devidamente porque, simplesmente, as pessoas não tem capacidade para votar conscientemente. Na minha opinião, o cartão de eleitor só deveria ser entregue a quem provasse, em teste escrito, ter capacidade de voltar sabendo o que estava a fazer.

Em vez de um alargamento, um decréscimo do número de equipas (mas um aumento do nº de jogos entre elas) ao estilo Escocês, poderia tornar a nossa liga muito mais competitiva e interessante financeiramente. Porém, seria uma medida nada popular no seio dos clubes mais pequenos.

Ora bem, o que Mário Figueiredo fez para chegar à presidência da Liga foi usar uma destas artimanhas de baixo nível e que tanto dano causa à democracia. Ao prometer um alargamento despropositado da Liga, ganhou imediatamente o apoio da maioria dos clubes pequenos que, estes, passam a vida a sonhar em vez de tentar usar o voto para escolher candidatos que realmente queiram melhorar a situação da Liga.

Incrivelmente, pior do que abusar da cabecinha fraca destes presidentes de clubes secundários, o que mais me surpreendeu foi mesmo esta tentativa de aplicação de uma medida deste tipo EM PLENA TEMPORADA DESPORTIVA.

Escusado será dizer que mudar as leis de uma competição destas, na sua recta final e decisiva, é quase que uma tentativa de viciação "legalizada" dos resultados. Na verdade, as equipas que irão defrontar clubes do fundo da tabela, sem quaisquer ambições, terão a vida muito facilitada. Por outro lado, os clubes que cumpriram financeiramente, se esforçaram desportivamente, irão ter todas as razões para se sentirem defraudados.

As equipas que jogarem com mais frequência contra equipas que não tem motivação Europeia ou de Manutenção, terão, teoricamente, uma tarefa muito mais facilitada

Enfim, uma decisão dessas, caso seja posta em prática, será o maior escândalo do desporto nacional. Além disso, o facto de um presidente ganhar eleições com promessas dessas e as tentar aplicar da maneira que estamos a ver, ajudam a demonstrar porque é que a democracia não pode funcionar.

Fica no entanto uma menção ao FCPorto e Sporting que votaram contra (e aos outros que suponho serem os clubes maiores que não precisam de favores para se manterem na 1ª liga) mas, sobretudo, ao Nacional que impugnou esta decisão.

Aguardemos os próximos episódios.

sábado, 10 de março de 2012

Um problema de atitude Vol. III

Conforme tinha dito no post relativo ao benfica vs Porto:

"Quanto ao Porto, nada está ganho e nada está esquecido. Esta ainda é a equipa que, jogo após jogo, me feriu os olhos com o seu mau futebol. Sei bem que as coisas mudam rapidamente, especialmente no que toca ao mental e moral dos jogadores e, sabendo isso, espero que este tenha sido um ponto de viragem."

Ora, depois de ter assistido ao FCP vs Académica, é fácil concluir que tinha razão em não me esquecer de quem era esse Porto. Esse Porto é exactamente o mesmo do que o que começou o campeonato. Não evoluiu absolutamente nada e é evidente que apenas está na corrida do título porque a incompetência benfiquista o obrigou.

A inimaginável sequência de situações incompreensíveis, que desafiam a lógica comum, que caracterizam esta temporada parece não acabar. Logo a seguir ao melhor jogo da época, em pleno estádio da luz, contra o arqui rival, onde a vitória é obtida com brilhantismo apesar de globalmente prejudicado pelas arbitragens, seria normal ter uma equipa super motivada.

Especialmente jogando em casa depois de uma semana de descanso contra uma equipa mais fraca. A crer que a motivação dos jogadores dependem apenas da quantidade de olheiros de grandes equipas que estão presentes nas bancadas...

Porém, o que se verificou foi, pela 3ª vez consecutiva, uma equipa a dormir no seu próprio campo contra uma equipa de valor imensamente inferior. A letargia, falta de vontade e desinteresse total foram totalmente compatíveis com a figura de Vítor Pereira que, durante os 60 primeiros minutos destes jogos, fica calado de boca aberta à espera que os jogadores lhes salvem a pele. Que saudades do velhinho Jesualdo Ferreira que, mesmo com a sua idade, era bem capaz de mandar dois berros e acordar uma equipa. É o respeito! É a capacidade de Liderança!


Se nos dois jogos anteriores a coisa resolveu-se no fim da partida, desta vez, só por "milagre" (apitarem um penalti a favor do Porto nos últimos tempos é coisa rara, quase paranormal) conseguimos evitar males maiores. De realçar ainda que a arbitragem prejudicou gravemente o Porto num lance de fora de jogo, onde Hulk fintou o GR e ficou com a baliza escancarada à sua frente. Igualmente, pouco antes, um defesa Conimbrigense faz um lance "à Cardoso" que passou em claro. De mencionar também a aberração que foi dar um amarelo a Hulk (fica de fora no próximo jogo) num lance onde, não sendo penalti, muito menos fora uma simulação na área.

Contudo, o que me separa da manada encarnada é que nunca hei de justificar derrotas destas com os árbitros. Apesar de prejudicados, uma equipa que joga como o Porto joga, num momento decisivo e de afirmação, que realiza mais uma abominável exibição até aos 60 minutos e, depois, joga em pânico com fogo no cu até ao fim, NÃO MERECE andar na frente. Isso não é ATITUDE de campeão.


E como um mal nunca vem só, Fernando lesionou-se aparentemente gravemente. Se as coisas não estavam fáceis e a taxa de provável sucesso era já muito baixa (devido à constatação de que o Porto continua, infelizmente, igual a si próprio), muito piores ficam sem o nosso único trinco que tem sido, ao mesmo tempo, o melhor jogador da equipa este ano.

Apesar da apatia de Vitor Pereira e a incompetência total em exigir empenho e motivar a equipa, das suas substituições previsíveis, apesar das lesões de jogadores valiosos como Fernando, Danilo e a ausência de Hulk no próximo jogo, continuamos, só Deus sabe como, em 1º lugar isolado.

Aconteça o que acontecer, para o ano, a equipa terá de ser desmantelada. Fique-se com Mangala, Danilo, Moutinho, Fernando, Helton, James, Iturbe e, o resto, mercado com eles. A química deste grupo está no fim da linha, Deste conjunto já não se retira mais nada. Tudo chega a um fim e, estes, já renderam muito.

Menção especial para a melhor equipa Portuguesa no momento: O SCBraga.


11º vitória consecutiva e um belo futebol, seguro, controlado, vitórias que aparecem naturalmente e sem esforço. Para mim, são os candidatos nº1 à vitória final.

quinta-feira, 8 de março de 2012

Cobardia em pessoa!

Poucas vezes na minha vida vi uma situação tão estúpida quanto a reacção das hostes benfiquistas à derrota caseira (mais uma) contra o FCPorto. Aliás, o paradoxo ridículo onde caíram, é tão difícil de justificar que me parece não existirem adjectivos suficientes para catalogar devidamente o que vai nas mentes de algumas destas pessoas.


Uma das vozes mais hipócritas que tenho ouvido é sem dúvida a de Jorge Jesus. Realmente, ter de esperar pela vitória contra o Zenit para, de alguma forma, tentar provar que o benfica é melhor que o Porto e que a derrota da passada Sexta se deve exclusivamente às arbitragens é UM ACTO DE COBARDIA.

E, quanto à manada que vai na lenga lenga, e porque acredito que não são estúpidos ao ponto de acreditar piamente no que ele diz, acuso-os de serem UNS ADEPTOS COBARDOLAS.

Eu não queria chegar ao ponto de fazer o que vou fazer porque, tal como o comportamento da equipa Nortenha durante o clássico, não gosto de choramingar. Prefiro, antes de tudo, olhar para dentro. Assim, abaixo, seguem as provas, não, OS FACTOS, que demonstram que o FCPorto foi claramente PREJUDICADO pelas arbitragens.

E mesmo assim, GANHOU.

Episódio primeiro:

Penalti claro sobre Hulk



Abalroamento apenas ao homem. Penalti descarado.

Episódio Segundo:

Falta inexistente no lance do 2º golo benfiquista

Ver AQUI

Corte totalmente limpo que os benfiquistas, do alto da sua má fé e hipocrisia, continuam a menorizar.

Episódio Terceiro:

Fora de jogo de Luisão no lance do 2º golo benfiquista

Segundo as regras do futebol internacional, qualquer jogador que usufrua da posição irregular para depois participar na jogada, está em fora de jogo. Ora, Luisão, conforme MENCIONADO EM DIRECTO NA DESCRIÇÃO DA JOGADA POR LUIS FREITAS LOBO, abstém-se do lance para evitar marcação e, mais tarde, efectuar um bloqueio decisivo a Rolando, o homem que estava a marcar Cardoso. Fora de jogo FLAGRANTE que a mouralhada também se recusa a observar. Se não bastasse, os bloqueios não fazem parte do futebol. Isso não é NBA e as obstruções são punidas.

Episódio Quarto:

Agressão a Luxo



Javi Garcia perpetua mais um capitulo da sua infindável série de agressões. Desta vez, de forma totalmente escusada, aproveita para mandar um canelada em Lucho. Agressões a homens no chão. Eis o espírito do rapaz! E falam do Bruno Alves? Telhados de vidro, mais uma vez.


Episódio Quinto:

Penalti por assinalar a Cardoso e a consequente Expulsão



Esta nem merece comentários. Se fosse na área contrária seria um penalti do tamanho do Universo e, se não o tivessem assinalado, o rebanho estaria a espumar-se de raiva. Como foi para o Porto: "NO PASA NADA"!

______________________________________________-

Resumindo, a única coisa que interessa aos benfiquistas e a Jesus / LFVieira, é culpar o árbitro pelo único erro grave que teve contra o benfica. Todas as outras situações que se encontram acima compiladas não tem nenhuma importância para esses hipócritas de má fé.

Pois bem, tanto me faz. O ridículo onde o benfica acabou por cair é o expoente máximo da cobardia no mundo do futebol. Adeptos cobardes, incapazes de aceitar uma derrota, direcção cobarde que depois de ver o seu clube globalmente BENEFICIADO, apenas se interessa em destabilizar e pressionar a arbitragem quando, durante grande parte do ano, os ouvimos a zurrar coisas acerca da verdade desportiva.

O poço moral onde o benfica está é muito fundo. Mas ainda continuam a escavar. Enterrai-vos meus amigos pois eu, cá, rio-me da parvalheira que vai na vossa cabeça!


sábado, 3 de março de 2012

Um problema de atitude Vol. II

De cabeça fria, e depois de ter visto e revisto o jogo, lido e relido comentários em tudo o que é fórum ou web site desportivo, cheguei a uma conclusão acerca do clássico de Sexta-Feira:

O Porto ganhou bem e, os benfiquistas (não todos mas na sua vasta maioria), são os adeptos que menos percebem de futebol do planeta.

Eis porque é que o benfica perdeu o jogo: Porque foi dominado.

Antes de mais tenho de referir o óbvio; O benfica não perdeu por causa do árbitro. Aliás, este jogo veio sendo perdido desde o dia 15 de Fevereiro, quando não conseguiram bater uma equipa que jogou sem guarda redes. A partir daí, a equipa começou a resvalar emocionalmente, perdendo 5 pontos em dois jogos e relançando um campeonato que os seus próprios adeptos já davam como ganho.

Acerca do jogo em si devo dizer que a entrada do Porto em campo surpreendeu-me. Fortes, determinados, sem medo nenhum e totalmente concentrados num objectivo. Foi uma verdadeira entrada "à Campeão" em todos os sentidos. Tanto foi assim que não posso deixar de mencionar alguns indícios positivos que surgiram logo nos primeiros 20 avassaladores minutos de jogo:

- Hulk caí na área (já vi penalty por menos mas concordo com a decisão do árbitro) e, em vez de protestar e ficar caído no chão como é seu hábito, levanta-se imediatamente para marcar o canto. Essa foi uma prova que os jogadores estavam totalmente concentrados em jogar à bola.

- Depois de muitos insultos racistas por parte do estádio inteiro (que duraram os 90 minutos tento por alvo Hulk, Fernando, Djalma e Álvaro, no que foi uma verdadeira desgraça para uma cidade onde metade da população deve ser de origem africana), Hulk, impávido e sereno, sem se mostrar minimamente afectado com os macacos que povoavam as bancadas, marca um dos melhores golos da sua carreira.



Ironia suprema. Cânticos racistas e resposta à medida de Hulk

Esses foram dois momentos que me disseram que algo de especial estava para vir. De facto, tinha dito anteriormente (aqui) que algum dia, apesar da sequência interminável de exibições horrorosas, a equipa haveria de fazer um grande jogo. Não é possível ter o plantel que temos e passar um ano inteiro a falhar e jogar mal. Sempre tive o pressentimento que este momento de brilhantismo poderia acontecer quando menos fosse previsível e no momento mais necessário. Ganhar na Luz depois de um descalabro monumental do adversário nos últimos jogos seria um cenário idílico. E concretizou-se a premonição.

Assim sendo, após os 20 minutos iniciais, onde a equipa marcou e convenceu, o benfica, a jogar em casa com as bancadas cheias reagiu. Pegou mais no jogo e foi criando ocasiões de golo. Ocasiões que aconteceram igualmente para o Porto que, neste momento, jogava como lhe competia. Ou seja, sustendo os ataques rápidos e emocionais benfiquistas e procurando sair pela certa. Assim, Janko falhou um golo isolado frente a Artur devido a uma má recepção e, Moutinho, quase marcava num livre directo.

Apesar das oportunidades bem criadas tanto por Porto e benfica, o golo dos Lusitanos surge de um lance trapalhão e com certa dose de sorte. Ao intervalo 1-1, resultado que se aceita apesar de nunca o benfica ter sido tão superior quanto o foi o Porto na primeira parte deste período.

Ainda acerca do 1º tempo, de referir que quase toda a defesa do Porto foi amarelada (e bem) o que poderia condicionar o desenvolvimento da partida na 2ª parte. Nada disso se verificou. Já não há Fuciles de cabeça pedida no plantel.

No 2º tempo, o benfica entrou por cima, coisa que já era de esperar por ter empatado mesmo em cima da hora. O lance do 2-1 para a equipa da casa nasce no entanto de uma falta completamente mal assinalada sobre Djalma. Estranhamente, nenhum benfiquista fala disso. Felizmente, a equipa Portista não uivou de raiva por causa de uma mera falta a meio campo. Decisões erradas destas aparecem todos os jogos aos pontapés.

Com a vantagem moura no marcador Vitor Pereira mostrou as suas verduras (talvez as tenha mostrado de mais) e retira Rolando por James. O Wonder Kid Colombiado que acabara de realizar trabalho forçado e desnecessário ao serviço da sua Selecção iria ser decisivo. Note-se no entanto que esta troca, que surpreendeu meio mundo, não é coisa nova. Já no último jogo, contra o Feirense, VP tinha feito a mesma e, igualmente, o resultado virou logo a seguir.

O lance do 2-2 surge de um contra ataque brilhante, comandado e finalizado por James que fez um golo de belíssimo efeito. Devo ainda referir a perfeita LOUCURA e DESESPERO PATÉTICO de certa falange benfiquista que considera falta sobre Witsel no momento da recuperação da bola. Realmente, tentar incutir culpas a Proença neste golo é um acto de cobardia incomensurável e de mesquinhez desportiva.



Minuo 1.05 - O ridículo no seu maior expoente, tentar justificar falta neste lance é um insulto ao futebol

Com 2-2 no marcador o Porto começa a crescer. Já dominava antes mesmo de Emerson cometer um erro infantil (parece que o Fucile se mudou para os lados da Luz) numa entrada grosseira, por trás, sobre Hulk. 2º amarelo óbvio e a consequente expulsão. Porém, mais uma vez, o chorilho alfacinha aponta para uma má decisão de Proença no momento do 1º amarelo. Apesar de ser um cartão um pouco puxado, a verdade é que Emerson faz falta por trás sem ter a mais remota hipótese de jogar a bola. Segundo as leis, isso é amarelo e, na primeira parte, jogadores do Porto foram admoestados segundo este critério. De qualquer forma, se a equipa Galaica já tinha dado sinais de crescimento, depois de ter ficado com mais um nem campo, nunca mais perdeu o controlo do jogo.

Menção ainda para um lance com Cardozo na área encarnada. Canto marcado, Cardozo cabeceia de forma trapalhona contra os seus próprios braços que estavam abertos tal qual o Cristo Rei, impedindo, por ventura, que ela fosse sobrar na área e criar um lance de perigo. Propositado ou não, a lei é simples. Braços em posição não natural que corte uma bola é Penalti e consequente amarelo. Desta forma, o Porto já poderia estar a vencer 2-3 e com mais um jogador em campo.

Braços completamente abetos e dupla carambola. Um penalti do tamanho do mundo

A acção do golo da vitória resulta de uma falta dura sobre James. O mesmo James marca o livre de forma irrepreensível (este rapaz tem uns pés de Ouro) e Maicon, que parte de posição de fora de jogo, aproveita uma saída totalmente despropositada de Artur para por uma cereja em cima do bolo que foi este clássico e dar a vitória aos Campeões Nacionais.

Aqui, obviamente, os adeptos do benfica tem razão em se sentir frustrados, Porém, o que não podem dizer, é que perderam por causa deste lance. Se o jogo decorresse sem erros nos lances capitais, o resultado seria o mesmo (na condição que Hulk convertesse o penalti). Aliás, nesta mesma jogada existe um erro do fiscal de linha e 3 erros da equipa benfiquista.

- Erro de quem faz uma falta feia
- Erro dos centrais que perdem para Maicon e até Otamendi
- Erro de Artur que leva um frango "à Roberto"

Obviamente, para um clube que tem adeptos totalmente abstraídos do mundo e que pensam, sinceramente, ter origem divina e, por isso, mais direitos do que os outros, a única razão da derrota foi Proença. Daqui a 20 anos, tais crianças choronas e más perdedoras, ainda teremos de aturar histórias sobre este momento e, claro, sempre esquecendo de mencionar o outro erro crasso que prejudicou directamente o FCPorto.

Pois por mim, escreveu-se direito por letras tortas.

Não resisto no entanto a demonstrar porque é que, na minha opinião, o benfica saiu, mais uma vez, derrotado no seu próprio reduto pela equipa Portuense.

Antes de mais é evidente que a partir do momento em que tiveram pontos de vantagem, já eram campeões virtuais. Ninguém para o benfica, ganham os jogos todos, Rodrigo vai para o Real por 50 milhões e Gaitan para o Manchester por 40. Depois... bem, depois, vem a realidade. Aparece o relaxamento, os jogos complicados, o desgaste da Liga dos Campeões, o azar e, claro, "os árbitros".

Jorge Jesus optou por culpar Proença por erros seus. Jesus, um verdadeiro benfiquista, é perito em usar o fogo da massa associativa para galvanizar a equipa. No entanto, apesar de se notar uma resposta imediata, este não é sempre o melhor método para levar de vencidas equipas que já estão calejadas nestas andanças. Não nos esqueçamos que ainda o ano passado, esta equipa do Porto fez a folha a mais que uma equipa destas. Equipas super atacantes, viradas para a frente e que praticam quase sempre um futebol agradável. Sevilha e Villareal tiveram o mesmo tratamento.

Jorge Jesus. Um treinador com coração a mais e cabeça a menos

É inegável que Jesus põe a equipa benfiquista a jogar um futebol "bonito". No entanto, quantos jogos ganhou a verdadeiras grandes equipas? Partida após partida a história repete-se. Jesus joga com emoção e coração mas isso, contra grandes equipas, raramente resulta. O jogo de ontem foi o perfeito exemplo. Mesmo quando se apanhou a ganhar, o seu pedantismo e arrogância fez com que mandasse a equipa continuar a atacar sem tomar precauções. Pois bem, de um lance de contra ataque resultou o 2-2 e a passagem efectiva do Porto na liderança do campeonato.

Em vez de culpar Proença e o auxiliar, Jesus deveria aprender a interpretar os jogos e a respeitar mais os adversários. Já perdeu muitos jogos da mesma forma. Além do mais, ficar-lhe-ia melhor referir o manifesto azar nas lesões que condicionaram a equipa do que se focar nos erros alheios.

Quanto ao Porto, nada está ganho e nada está esquecido. Esta ainda é a equipa que, jogo após jogo, me feriu os olhos com o seu mau futebol. Sei bem que as coisas mudam rapidamente, especialmente no que toca ao mental e moral dos jogadores e, sabendo isso, espero que este tenha sido um ponto de viragem. Contudo, uma coisa sei:

Esta equipa já sofreu tanto, levou tanta boca e tanta porrada que formou uma parede emocional que pode valer um título. Depois de todas as convulsões desta época, levar 4 em Manchester, ganhar jogos para a Liga nos últimos minutos sob enorme pressão ou ganhar em plena Luz, tudo tem sido encarado com o máximo rigor e frieza.

Quem irá ser campeão, Porto, Braga ou Benfica? Ninguém sabe. Estão todos em pé de igualdade e com calendários nada fáceis. Porém, a equipa mais séria e mais concentrada terá mais hipóteses.
Braga. Provavelmente a equipa que melhor joga em Portugal e um sério candidato ao título

Felizmente, Porto e Braga parecem-me mais preparadas. O Porto porque foi obrigado a fazer-se Homem para sobreviver e o Braga porque o deixaram tranquilo até agora. Hoje está grande. MUITO GRANDE.

O benfica, este, apesar de ter todas as hipóteses, já não depende só de si e, provavelmente, irá passar metade do tempo que falta a culpar o árbitro e em revoluções na imprensa. Iremos ver muita tinta sobre o fora de jogo de Maicon, sobre a falta fantasma sobre Witsel etc. e nem uma palavra acerca dos verdadeiros motivos pelo qual continuam a claudicar nos momentos chave.

E ainda bem que o circo lisbonense continua!